12 fevereiro, 2011

Real Valorizado x Marca

O Brasil, liderado pela nossa presidente, ou presidenta como gosta de ser chamada Dilma Roussef, tem um imenso desafio pela frente, principalmente quando falamos na inflação.Muitos fundos de investimentos, analistas de mercado, e economistas, analisam que o Brasil está importando inflação, sem falar nos gastos públicos, que me parece que a nossa presidenta, está fazendo a lição de casa, sendo até elogiada por entidades internacionais pelos esforços em reduzir verbas para o orçamento 2011. 
Mas, como assim importando inflação?
O país está vivendo um momento excelente para as exportações de commodities, e os preços internacionais, com o mercado asiático aquecido, e a Europa ressurgindo, ainda que lentamente pós-crise, estão aumentando. Um dos diretores e amigo pessoal da Cocapec, cooperativa de café situada na cidade de Franca, o senhor Paulo Silveira, me falou que os preços do café, vem aumentando consideravelmente, hoje se fala em R$ 350,00 a saca de 60 kg. O aço, soja, minérios em geral, tem aumentado os seus preços no mercado internacional, portanto, trazendo mais divisas para o Brazil. Os esforços para manter o controle da inflação, e a valorização do real, que tem impacto diretos nas empresas nacionais que não conseguem competir com as empresas, principalmente do mercado asiático, merecem uma atenção muito especial. Se o Banco Central aumentar o juros, mais capital especulativo vem para este paraíso chamado Brasil, que tem os juros mais alto do mundo sem futuro aumento. Se não aumentar os juros, e não reduzir gastos público, com o país crescendo 5% ao mês, irá atrair mais capital de investimento direto, gerando inflação.Qual a fórmula certa?
Você deve estar pensado, onde este cara quer chegar, até agora falou o que não condiz com o título, Real Valorizado x Marca?
Tem tudo a ver. Mas tudo a ver mesmo. Primeiramente, o Brasil precisa pensar em mais investimentos e com qualidade na educação, valorização dos profissionais do ensino, valorização dos profissionais do mercado, e segundo, o Brasil precisa aprender a desenvolver a MARCA.
Quem tem marca, possibilita o consumidor a valorizar o desejo, e não o preço. Conseqüentemente, você vende o desejo, e não o produto. Você vendendo o desejo, e não o produto, em uma situação em que vivemos com um real valorizado, não irá afetar tanto os negócios da sua empresa, inclusive podendo crescer no mercado nacional e internacional. Quem tem Ferragamo, tem Ferragamo, não vende sapato. É uma missão impossível de competir com chineses. Ninguém consegue. Amanhã pode ser Indiano, depois de amanhã Africano, enfim ainda tem muito país em desenvolvimento ou sub-desenvolvimento para competir conosco em preços, pois eles irão se desenvolver.
Quando falamos em commodities, vamos agregrar valor, e vender o produto com valor agregado. Em vez de vendermos sacas de café de 60 kgs, vamos apreender a vender o café torrado e embalado, com uma marca.
Está semana um caso emblemático, e que sirva de exemplo para todos, e condiz com o que estou escrevendo, é o caso Alpargatas. As havaianas, considerado um case de sucesso, está no mercado Chinês. Como? 
Imaginem injetoras na China fabricando milhões de pares por dia, salários baixos, impostos subsidiados, e moeda desvalorizada, as Havainas ainda consegue competir com chinelo que pode ser encontrado a $ 1,00, isso mesmo, Um Dólar, falado pelo próprio presidente da empresa.
Sabe quanto chega a custar uma Havaiana na China? $25,00 (vinte e cinco dólares)
Porque?
A marca,o mercham, é desejo, é vontade, fashion week desfilando com Havainas, é glamour, enche os olhos, todo mundo quer, que estar com uma, não interessa se custa 25 vezes mais caro.
E o próprio Presidente falou com entusiasmo, a conquista do mercado Chinês, com produto Brasileiro, mas com um grande diferencial,  Desejo ($ 25,00) x Chinelo ($ 1,00).
Vamos valorizar em investir em marca.

Abraço a todos



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