08 fevereiro, 2009

Tempos de Crise

Em tempos de crise, o que mais predomina é uma nuvem escura de informaçoes negativas, realistas, entretanto, muitas vezes supervalorizadas, o que mais a mídia adora.
Neste momento as pessoas ficam muitas vezes reprimidas, com medo, e não sabem o que fazer, o que planejar e onde irá chegar.
Portanto, é um momento importante para reavaliar o negócio. Quando os negócios estão indo bem, as pessoas normalmente tem o instinto de se acomodarem em cima daquilo que estava dando certo, ou melhor, que sempre derão certo, mas nem sempre as coisas perduram da mesma forma e intensidade que todos nós desejamos, a própria história nos mostra que a economia é feita de ciclos.
Isto é tão verdade, que eu estava em visita em um cliente tradicional do ramo automotivo algumas semanas atrás. E este cliente estava reclamando muito da queda das vendas. Fato que podemos comprovar com as demissões em massa do setor automotivo mundial, acredite.......... toyota com prejuízo record em sua história de existência.
Este cliente me informou que estava com problema de caixa e que precisaria reavaliar muitas coisas em suas operações, neste momento, questionei ele sobre o seu estoque. Ele me informou que iria fazer um levantamento minucioso, porque não tem um sistema informatizado adequado e preciso.
Eu disse a ele que seria muito interessante a necessidade constante da verificação da sua estrutura patrimonial, tanto os investimentos, como as fontes de financiamento.
Algumas dias após, conversarmos, e perguntei a ele sobre o que viu em seu estoque, e ele me respondeu de uma forma clara e sutíl:
Tenho peça de reposição de alguns itens prontas, acredito para mais de 10 anos.
Loucura......Loucura..........Loucura, pensei.
Quer dizer, a empresa fabricava peças sem a necessidade de fabricá-la. Um impacto enorme em seu caixa, que ele só percebeu em momento de crise, porque no momento da fartura, o desperdício é compensado pelo faturamento abundante.
Aquilo que se mede, se gerencia, portanto, em um mundo extremamente competitivo, guerra de preços, não podemos ter o luxo de utilizar o desperdício, tanto em um momento de fartura, como em um momento de crise, precisamos avaliar o nosso negócio, as nossas estratégias e o nossos objetivos.
Eu concordo com uma frase que o Frederico Amory, líder da eficaz consultoria de gestão, citou:
Seu concorrente pode colocar os mesmos preços e até um pouco abaixo dos seus, pode imitar as campanhas promocionais e de publicidade que você cria, pode, inclusive, treinar seus funcionários para a melhoria do atendimento, comprar um software de última geração para a gestão do negócio, etc... Agora, tem uma coisa que vai ser difícil de imitar: o controle dos custos.

Wagner Antelo Gonçalves
Administrador de Empresas, Pós-Graduado em Finanças e Controladoria.

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